Com o
objetivo de verificar as reais necessidades e propor ações para melhoria do
atendimento à população nos públicos municipais das comunidades ribeirinhas, o
vereador Waldemir José (PT) iniciou nos dia 22 e 23 deste mês, a primeira fase
do ciclo de fiscalização coletiva nas das Zonas Rurais do Rio Negro e Rio
Amazonas que estão ligadas ao município de Manaus.
Na
dinâmica da fiscalização, participaram lideranças representativas de cada
comunidade visitada e, também, a delegada do Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Manaus, Iranduba e Careiro, Maria Leonice Silva, o representante do Fórum
Permanente em Defesa das Comunidades Rurais de Manaus (Fopec) Nidoval Souza e o
assessor de habitação da Cáritas Arquidiocesana, Marcos Roberto Brito.
No
primeiro dia as comunidades visitadas foram Cuieiras, Santa Maria e Bela Vista
do Jaraqui, todas localizadas à margem direita Rio Negro. Dos inúmeros
problemas encontrados, o que mais a população local reclama é da falta de
segurança, da saúde e da educação.
Durante
a fiscalização, Waldemir José encontrou escolas e postos de saúde em estado de
total abandono. Faltam medicamentos, faltam profissionais ou os postos estão
fechados porque os gestores viajaram de férias. Em outra situação, ele
encontrou o prédio da escola em perfeito estado estrutural e bem equipado,
porém não existem professores qualificados para ministrar determinadas
disciplinas.
Com
relação à saúde, os ribeirinhos reclamam da falta de assistência médica,
principalmente em casos de emergências, pois não existem “ambulanchas”, nem
serviços de pronto atendimento e nem profissionais, por isso eles solicitam uma
base do Samu nas proximidades. Assassinatos, roubos e furtos fazem parte do
cotidiano dessas comunidades que solicitaram a presença da segurança
pública.
No
segundo dia as comunidades fiscalizadas foram Mainã, Jatuarana, São Francisco
do Tabocal e São Raimundo do Tabocal que ficam à margem esquerda do Rio
Amazonas.
Nessas
localidades a situação é ainda pior, destacando-se a escola de São Raimundo do
Tabocal, que foi construída pela própria comunidade e ainda possui estrutura de
madeira, telhados de alumínio, banheiro externo e possui uma única sala para
atender várias crianças de séries diferentes. Outra situação de descaso por
parte da Prefeitura é o posto de saúde da comunidade São Francisco, que corre o
risco de desabamento devido à erosão do terreno causada pelas águas do rio
Amazonas.