Vereador Waldemir José - PT |
A Câmara
Municipal aprovou esta semana a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para 2016,
onde rejeitou cerca de 130 emendas ao projeto original de autoria dos 41
vereadores, aprovando somente o texto do Executivo.Infelizmente essa postura
praticada pelo relator da Comissão de Economia e Finança, vereador Walfran
Torres, diminui o papel da Câmara.
Classifico
essa metodologia de aprovação da LDO, como uma perda para Câmara, na medida em
que se diminui a importância da Casa quando não se aprova sequer uma emenda,
passando a mensagem à população de que não precisa existir. E a sociedade
também perde porque tem uma Prefeitura que não planeja e improvisa. Não
consegue fazer o que uma boa administração deve fazer. Esse formato também
demonstra a forma autoritária e unilateral do prefeito Artur Neto.
Artur Neto
tem pregado aos quatro cantos que Dilma age com autoritarismo no Brasil, que
tem feito do Legislativo o que quer, o que não é verdade. Se realmente Artur
Neto fosse sincero, ele deveria fazer a si mesmo essa crítica. O número de
projetos lei que a Artur Neto impõe à Câmara Municipal para ser votado em
regime de urgência demonstra o seu desapego ao respeito ao princípio da
separação dos Poderes.
Se a
separação dos Poderes é um dos pilares da democracia chamada liberal, coisa que
Artur Neto diz defender, por que então Artur Neto quer transformar a Câmara em
mero puxadinho da Prefeitura? É simples: na verdade, no fundo, no fundo, Artur
Neto não dá a menor bola para a democracia. Por exemplo, mandou os seus aliados
na Câmara impedirem a tramitação do projeto de Plebiscito que eu propus para
que a população, ela que é a verdadeira soberana na democracia, decidisse se o
serviço de água e esgoto deveria ser retomado ou não pela Prefeitura.
Não há
democracia maior que o povo decidir os rumos da política. Mas o grande
democrata Artur Neto preferiu interromper os debates, com medo, sabe-se lá
porquê, que a mera tramitação desse projeto representaria um perigo. Mas de
quê? Ora se Artur Neto é tão democrata assim, qual o receio do povo ser
escutado?
Esse caso
e o da recusa das emendas à LDO nos leva a crer que temos um reizinho Artur
encastelado na Av. Brasil, de onde ordena aos seus súditos que cumpram as suas
vontades. Infelizmente, a maioria dos vereados que poderia fazer frente a isso
se cala e se curva diante a vontade do prefeito, colocando a Câmara na mera e
inaceitável condição de anexo da Prefeitura.
Assessoria
de Comunicação
Jane
Coelho
8821-2885/3303-2843