Cerca de 100 pessoas representantes dos movimentos sociais estiveram nesta manhã na Câmara Municipal de Manaus (CMM) pedindo o apoio do presidente Isaac Tayah (PTB) para levar adiante a CPI da Licitação do Transporte Coletivo, protocolada hoje de autoria do vereador Waldemir José (PT). Tayah alega que a CMM não possui recursos para arcar com uma CPI.. Alguns parlamentares sinalizam para blecar esta iniciativa.
O vereador Waldemir José ressaltou que, enquanto alguns vereadores tentam desqualificar a necessidade da CPI, o povo se mostra insatisfeito por causa dos problemas que sofrem.“Temos um objeto, que é investigar a licitação suspeita que colocou em cena, novamente, os mesmos empresários que prestam um desserviço à cidade, deixaram uma dívida de R$ 150 milhões. Enquanto isso, a passagem vai aumentar 23%, bem maior que inflação do período, ou seja, R$ 0,50 que doem no bolso do cidadão”.
Como presidente da União Municipal de Estudantes Secundaristas (Umes), Priscila Duarte, reclamou que o serviço de ônibus coletivo é de péssima qualidade. “O movimento social tem que se organizar. Aumenta-se a passagem a um preço injusto e se diminuem os direitos dos estudantes. Vamos agir de forma a pressionar o poder público por melhorias”.
O representante da Cáritas Arquidiocesana, Antônio Fonseca, disse que é importante a mobilização das pessoas para que a CPI tenha resultados práticos, como definir um sistema de transporte eficiente e um valor de tarifa justo. “Se não houver pressão, não haverá mudança”, ressaltou.
O professor Oswaldo Coelho, da Associação dos Docentes da Universidade do Amazonas (Adua) argumentou que todos sofrem com a má qualidade do transporte, sejam ou não usuários diretos dele. “Alguém está lucrando enquanto se oferece um mau serviço à cidade”.
“Nosso poder é o povo nas ruas, cobrando nossos direitos por transporte de qualidade”, disse a presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Neila Gomes dos Santos.
O próximo passo é que a CPI seja lida em plenário e que seus membros sejam indicados para dar início às investigações e audiências.
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Cinthia Guimarães
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