Produtos fora da validade foram
encontrados durante fiscalização do vereador Waldemir José (PT) em comunidades
rurais - FOTO: Cila Reis
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“É um
absurdo o desperdício de dinheiro público nas comunidades ribeirinhas”, foi o
que destacou o vereador Waldemir José (PT) ao relatar, nesta segunda-feira, os
problemas encontrados por ele durante as fiscalizações nas comunidades Três
Unidos, Pagodão, Terra Preta e Santa Maria, todas localizadas no Rio Negro, que
ele realizou na última quinta-feira. De acordo com o parlamentar, existem
vários problemas nas escolas e postos de saúde dessas localidades, mas ele
chamou atenção para obras das escolas municipais que estão paralisadas há mais
de 3 anos, enquanto as crianças estão estudando em prédios precários.
De
acordo com Waldemir José, nas comunidades Três Unidos e Terra Preta, onde os
moradores são índios da etnia Kambeba e
Baré, respectivamente, as obras da escolas municipais, no valor de R$1,5
milhão, recurso oriundo do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação
(FNDE), estão paralisadas e parte dos materiais de construção, como ferro,
vergalhões, cimento, argamassa, dentre outros, estão se estragando.
Ainda
em Terra Preta, os professores das escolas “Aru Waimi” que trabalhavam há mais
de 10 anos estão sendo dispensado sem nenhuma razão aparente e a escola está
funcionando num prédio de madeira em péssimas condições. E o telecentro
encontra-se abandonado, sem funcionamento, com os equipamentos de informática
encaixotados há mais de dois anos.
“Não
entendo a lógica dessa gestão. Compra equipamentos para ficarem encaixotados,
sem utilidade. Essa atitude só beneficia os vendedores, enquanto a população padece”,
disparou Waldemir.
Na
comunidade Pagodão, o anexo da escola municipal Professor Manoel Bahia, que
atende as crianças do 6° ao 9° ano, está desabando, colocando em risco a vida
desses alunos. E os moradores ainda sofrem com a falta de água tratada.
Já na
Santa Maria, o gerador da escola não funciona há mais de duas semanas, por isso a escola
funciona apenas duas horas por turno e, no posto de saúde, o vereador encontrou
medicamentos com a data de validade vencida e a população local reclama da super
lotação no único dia – uma vez por mês – em que o médico visita a comunidade.
Além
disso, todas as escolas padecem com falta de merenda que só dura por 15 dias,
pois faltam proteína e vários itens que constam no contrato, mas não se cumpre.
Devido
a esses problemas, Waldemir José enviará novamente relatório à Semed para que
tome as providências a fim de solucionar os problemas encontrados. Ele também
acionará, mais uma vez, o Ministério Público Federal (MPF) para que investigue
o abandono das obras das escolas das comunidades Três Unidos e Terra Preta.
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