O vereador
Waldemir José (PT) deu entrada nesta quinta-feira (8) numa representação que
solicita ao Ministério Público do Estado (MPE/AM) a promoção de medidas
necessárias para suspender a implantação do Programa “Zona Azul”, por não estar
em conformidade com o Plano de Mobilidade Urbana de Manaus, até que as
adequações necessárias sejam efetivadas.
O projeto
“Zona Azul”, criado pelo Executivo Municipal, é um Sistema de Estacionamento Rotativo Pago
localizado no centro de Manaus. Esse sistema, que deverá ser administrado por
empresas privadas, oferecerá 3.200 vagas em mais de 60 ruas do centro da
cidade.
Na
representação, Waldemir justifica que a Lei do “Zona Azul” não está em harmonia
com o Plano de Mobilidade Urbana de Manaus – em processo de criação pela
Prefeitura – uma vez que o mesmo, para a requalificação do
Transporte Coletivo Urbano, destina as ruas Sete de Setembro, Leonardo Malcher,
Getúlio Vargas e Joaquim Nabuco para corredores preferenciais ao mesmo tempo
que no Zona Azul essas mesmas ruas servirão como estacionamento.
“Como é
possível a implantação dos corredores exclusivos nesses locais, conforme o
plano, se uma das faixas já estará ocupada por carros estacionados?”, questiona
Waldemir José.
Outra
situação onde se verifica a incompatibilidade do Zona Azul com o Plano de
Mobilidade diz respeito à implantação do Sistema Cicloviário de Manaus, que
ligará pontos turísticos e históricos , como o Teatro Amazonas, o Palácio Rio
Negro, o Paço Municipal, o Rodway e o Mercado Lisboa, que também está previsto
ser construído nas mesmas ruas destinadas a estacionamento de veículos.
“São
várias as contradições do ‘Zona Azul’ que precisam ser resolvidas. Se
implantado dessa forma como está previsto não somente será irregular, causa da
sua incompatibilidade, mas será impossível de implantar o Plano de Mobilidade
Urbana no centro de Manaus”, destacou Waldemir José.
Outro
prejuízo apontado pelo parlamentar na representação, diz respeito ao
faturamento anual que será de aproximadamente R$ 20 milhões, onde apenas 11%
desse recurso será destinado ao município e o restante ficará nas mãos da empresa
que vai administrar o Zona Azul.
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