Os parlamentares do PT Waldemir José e José Ricardo, fiscalização contínua, nos reservatórios de abastecimento de água em Manaus. |
No dia 15
deste mês dei entrada junto à Câmara Municipal de Manaus no Projeto de Decreto
Legislativo que convoca plebiscito entre os eleitores de Manaus para decidir se
os serviços de distribuição de água e de esgotamento sanitário da cidade
deveriam ser retomados pela Prefeitura.
A
concessão desses serviços concedida às empresas privadas foi cercada de
polêmicas desde o seu início. A venda do patrimônio da Cosama abaixo do seu
valor real, a ausência de investimentos por parte da concessionária, assim como
o preço abusivo da taxa e o não cumprimento do contrato, indicam que a
população foi e está sendo prejudicada pelo processo de privatização.
E, após 15
anos de experiência com o setor privado na distribuição de água e tratamento de
esgoto, observa-se que a empresa Águas do Amazonas fica com grandes, mas os
investimentos são do Governo Federal e Estadual. E ainda verifica-se que há
áreas da cidade, como as zonas Norte e Leste, que há 15 anos sofriam com a
falta d’água, continuam com esse problema e contas muito caras.
Por isso,
defendo a realização do plebiscito. Acredito que a população, legítima dona do
poder concedente, é quem deve dizer se quer ou não continuar com esse serviço
de forma privatizada e com a atual empresa ou se quer que a Prefeitura assuma
esse papel.
Os
vereadores tiveram a grande oportunidade de ouvir do povo se a Manaus Ambiental
deveria ou não continuar com essa exploração. Mas nada disso ocorreu. O
vereador Elias Emmanuel, que poderia entrar para a história como o líder do
prefeito que finalmente teve a coragem de demitir a Manaus Ambiental, manobrou
para que os vereadores da base aliada do prefeito impedissem que minha proposta
de plebiscito entrasse em pauta.
A quem
interessa que a Manaus Ambiental continue a enganar a população? À própria empresa?
Com certeza. Mas, qual é o interesse da maioria dos vereadores e do prefeito em
manter essa empresa explorando a população, a ponto de nem mesmo aceitar que o
povo decida se quer ou não que a Prefeitura retome o serviço de água e esgoto?
A defesa
do interesse privado acima do interesse público é a tônica que orienta as ações
da base aliada e do prefeito Artur Neto, que fingem que não há nada de errado,
que está tudo bem com o serviço de água em Manaus. Minha luta continuará para
impedir que a população de Manaus continue sendo explorada!
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